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Tecnologia BIM: Como aplicá-la em projetos de construção

A utilização da tecnologia BIM (sigla em inglês para Building Information Modeling) é cada vez mais presente no setor da construção civil, principalmente por sua capacidade de solucionar problemas enfrentados há muitos anos na indústria, como a gestão de projetos e a compatibilização entre eles.

No post de hoje, você vai aprender mais sobre o uso das tecnologias, com o foco no BIM, e sua aplicação em projetos de construção. Confira!

Adoção de BIM e tecnologias para obra

Traduzida para o português, a Modelagem de Informação da Construção pretende especificar e unir as informações e os atributos dos projetos de uma construção de forma integrada e organizada. Isso permite criar, através de softwares baseados no BIM, um modelo 3D detalhado da obra, muito mais minucioso e próximo do resultado final do que os protótipos 2D ou mesmo modelos que só possuem meros dados visuais em 3D.

As inovações provindas da evolução gerada pela era digital auxiliam em diversos setores da construção civil. Com o uso de tecnologias, como o BIM, a etapa do planejamento e do projeto das obras se torna mais eficiente, assim problemas na execução e no pós-obra são evitados. Isso reduz os custos e agiliza a execução de uma obra, além de aumentar a qualidade das edificações.

Uma obra totalmente conectada é um dos maiores benefícios da adoção do TI (Tecnologia da Informação) no setor da construção civil. Assim todos os processos de uma obra ocorrem de maneira integrada, possibilitando a resolução de problemas de maneira ágil, otimizando o tempo de trabalho e acarretando em uma maior assertividade nas etapas.

O avanço do uso de tecnologias na construção civil

O setor da construção civil ainda não é adepto a tudo que a inovação tecnológica tem a oferecer. Mas, aos poucos, com uma maior demanda por parte do mercado, os profissionais vêm adotando técnicas mais modernas e eficientes de construção. Afinal, é visível que com a implementação da tecnologia todas as etapas de uma obra são beneficiadas, desde a gestão de projetos até o pós-obra. 

O uso do BIM já é rotina em diversos lugares do mundo, e agora vem se tornando realidade em muitas empresas de construção no Brasil. Com tanta atenção voltada a ele, outras tecnologias também têm entrado no foco dessa indústria, abrindo espaço para mais novidades. Desse modo o setor da construção civil consegue acompanhar um mercado cada vez mais exigente por soluções tecnológicas para os problemas. 

Um dos grandes desafios da construção, a compatibilização de projetos, fica muito mais fácil de ser solucionado com o BIM, que reduz os erros corriqueiros. Problemas que aparecem quando unimos o projeto elétrico e o hidráulico, como tubulações e eletrodutos utilizando o mesmo espaço em alvenarias ou elementos estruturais, ou até passando por esquadrias. 

Esses e outros podem ser identificados e resolvidos rapidamente ainda na fase da elaboração dos projetos (ao invés de durante a obra) com a tecnologia e a integração. Quando há uma plena conectividade entre os envolvidos pelos diferentes projetos, é pouco provável que um problema passe despercebido, e quando isso acontece é possível resolvê-lo rapidamente. Isso evita retrabalhos, diminuindo os custos e o tempo da obra.

No entanto, é preciso ficar atento: o BIM não é um software, mas um novo conceito na elaboração de projetos de construção. Muitos ainda pensam que trata-se de uma ferramenta de modelagem em 3D, porém, o BIM é uma definição e uma forma de gestão da informação que aplica diferentes sistemas. É, portanto, a união da tecnologia dos softwares com uma gestão da informação eficiente e uma cultura de comunicação atuante no dia a dia.

O uso do BIM no levantamento de materiais e na orçamentação da construção

Um dos usos mais interessantes do BIM é a possibilidade de trabalhar com outros parâmetros além dos usuais, espessura, comprimento e altura, especificados em projetos 2D em plantas baixas e cortes. No BIM, você pode incluir dados no projeto como materiais, custos, fabricantes e outras propriedades que serão úteis para o processo de construção.

Dessa maneira, a quantificação de materiais passa a ser muito mais fácil. Ao invés de ter que lidar com gigantes planilhas manuais, a utilização do conceito BIM permite que as informações sejam extraídas de modo simples e possam ser atualizadas sem grandes dificuldades. Tendo em mãos uma informação mais precisa dos quantitativos torna o processo de construção menos suscetível à desperdício de materiais.

Assim, os profissionais envolvidos na obra (engenheiros, arquitetos, orçamentistas, entre outros) podem acessar e editar as informações simultaneamente, economizando tempo e evitando problemas de comunicação que acarretam em erros, desperdício e atraso nas obras.

Em um exemplo prático, uma mudança do material do piso ou do acabamento de uma alvenaria demandaria mais tempo nos sistemas antigos do que com o BIM. Isso dá mais liberdade para que diferentes materiais sejam testados, e as especificações durante a orçamentação passam a ser mais detalhadas, gerando maior confiabilidade e diminuindo os erros.

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